sexta-feira, 21 de maio de 2010

Análise Tática – Universo x Flamengo


Análise Tática – Universo x Flamengo

Um dos maiores clássicos do basquete, brasilienses e cariocas disputam por mais um título nacional. É o confronto do melhor ataque contra a melhor defesa.

Nas últimas duas edições de Campeonato Nacional, o Flamengo sagrou-se campeão vencendo o Universo/BRB/Financeira Brasília na partida final. Porém, nos nove confrontos que as equipes já fizeram na história do NBB, o time da capital federal é que leva vantagem com cinco vitórias. Todos esses fatores servem para apimentar mais o grande clássico do basquete nacional. Confira quais são as principais características de ambos os times no confronto final desta temporada. O NBB é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a Rede Globo e patrocínio da Eletrobras, Caixa e Spalding.


Universo

Muitos talvez não imaginassem que o Universo encontraria tanta dificuldade para superar o Pitágoras/Minas na semifinal. O time de Brasília conseguiu a classificação para a decisão somente na última partida da série. Ao mesmo tempo que isso causou um pouco mais de desgaste, a equipe comandada pelo técnico Lula Ferreira também pôde entrar de vez no espírito dos playoffs.

Para a final, o Universo manterá o mesmo sistema de jogo que vem sendo utilizado durante toda a temporada. A principal característica dos brasilienses é a defesa pressionada e a saída rápida para o contra-ataque. Foi dessa maneira que eles conseguiram vencer as duas partidas da fase de classificação diante do Flamengo nesta edição do NBB. Os armadores Valtinho e Nezinho são os jogadores que carregam a bola ao ataque em velocidade e os alas Alex e Arthur e o ala/pivô Guilherme Giovannoni são os responsáveis pela finalização em transição.

Devido a eficiência nas bandejas e cestas dentro do garrafão, o Universo é o líder em aproveitamento nos arremessos de 2 pontos nesta temporada, acertando 60% das bolas. Individualmente, Arthur é quem lidera a equipe nessa estatística, com os incríveis 71% de acerto. O ala também se destaca nos arremessos de 3 pontos, com 48%.

Outro jogador que vem fazendo uma excelente temporada no time de Brasília é Guilherme Giovannoni, que é o cestinha da equipe, com média de 20,9 pontos, e o principal reboteiro, com 7,8 rebotes. Nesses últimos jogos dos playoffs, o ala/pivô teve a companhia freqüente do armador Nezinho na lista dos cestinhas. Mesmo começando as partidas na reserva, Nezinho vem sendo uma arma importante do técnico Lula.

O Universo possui o melhor ataque do NBB, com 92,4 pontos por jogo, e lidera as estatísticas de rebotes (33,7), tocos (3,1) e lances livres (77,8% de aproveitamento).


Flamengo

Antes de chegar à final, o Flamengo também não encontrou facilidade na semifinal diante do Vivo/Franca. Porém, o fato de ter conseguido encerrar a série no quarto jogo deu ao rubro-negro mais tempo para treinar e focar na decisão contra o Universo.

Os cariocas apostam novamente no bom desempenho do ala Marcelinho. Além de ser o capitão e a principal referência do elenco comandado pelo técnico Paulo Chupeta, o número 4 do Flamengo está vivendo uma excelente fase na carreira. Nos playoffs, Marcelinho lidera as estatísticas do time em pontos (26,1 de média), rebotes (7,2), assistências (3,5) e roubos de bola (1,4).

Mas, se engana quem acha que o Flamengo depende única e exclusivamente de Marcelinho. O armador Hélio e o ala Duda vêm sendo fundamentais para o sucesso da equipe carioca nesta edição do NBB. Tanto na parte defensiva quanto na ofensiva, os dois jogadores provaram, principalmente na série semifinal contra o Franca, que podem assumir a responsabilidade nos momentos decisivos das partidas. Além deles, o ala/pivô Jefferson também vem contribuindo bastante com a equipe, graças a um bom aproveitamento de 3 pontos nos playoffs (42%).

O poder de ataque do Flamengo é notória, mas nas estatísticas, a defesa é que vem fazendo a diferença. O time carioca é o que menos sofreu cestas no NBB, permitindo apenas 77 pontos por jogo, e é um dos líderes em roubos de bola (média de 8,6).

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